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Som: JOLANA STAR IX - 1968

Durante a Guerra Fria, a importação de instrumentos do ocidente para o Bloco Soviético era quase inexistente e os preços, pagos em Rublos, proibitivos.
Para contornar o problema, a União Soviética e os restantes países do Bloco Soviético, decidem fabricar as suas próprias guitarras, mesmo se desprovidas de qualquer influência ocidental.
Hoje estas peças são valorizadas, até mesmo no ocidente, não só pelo seu simbolismo mas também pela sua raridade como peças de coleção ou artefactos históricos (mas só mesmo por isso)!

Assim, fabricadas na:
- Rússia: Ural, Maria Electric,
Tonika, Elgava, Stella.
- Bulgária: Orfeus e Cremona.
- Polónia: Defil.
- R.D.A.: Musima.
- Bielorrússia: Formanta.
- Checoslováquia: Jolana.

Mas, na época, não haviam verdadeiros especialistas em guitarras elétricas na União Soviética, então todos os instrumentos elétricos foram projetados e fabricados por especialistas do ramo do rádio e do áudio.

Na Rússia existem atualmente fornecedores de guitarras que exportam para a Europa, mas, em geral, as guitarras da URSS sempre foram incómodas pelo seu desenho.

Guitarras da URSS

Formanta Solo II, fabricadas na atual Bielorrússia, foram produzidas na década de 1980, até à dissolução da União Soviética. A fábrica na cidade de Barysaw ainda existe, mas agora fabricam apenas acústicas. Provavelmente este foi o modelo mais famoso que saiu da fábrica. Embora a guitarra tenha a reputação de não ser muito “tocável”, é extremamente difícil de encontrar, sendo por isso altamente valorizada no mercado.

As Stella, foram fabricadas em Rostov, tendo sido uma experiência soviética muito ambiciosa. Além desses quatro captadores de bobina simples, existem cinco botões giratórios, oito interruptores, jack stereo e um grande pickguard de plástico que mantém toda essa eletrónica extremamente complicada escondida e em segurança.
Quanto a tocabilidade, a Stella é tudo menos do que estelar.

AELITA 1 foi fabricada em Rostov, na Rússia, numa fábrica de acordeões, sendo por isso que os botões parecem ter saído de um acordeão! Esta guitarra recebe o nome de uma heroína do romance de Alexi Tolstoi, Aelita (rainha de Marte).
Assim a AELITA 1 começou a ser construída em 1978 tendo chegando a 1985 ainda em produção, tendo a fábrica de Borisov, na Bielorrússia, também produzido este modelo.
Infelizmente, a qualidade é muito má, se comparada com as guitarras dos EUA - especialmente o braço, que precisa de muito trabalho apenas para torná-lo tocável. A parte elétrica, porém, é uma revelação e a variedade de timbres é notável.

Tonika. Foram fabricadas algumas guitarras seriamente únicas como resultado de sua abordagem artesanal e falta de especificações. Uma das primeiras marcas comerciais de guitarra elétrica soviética. A Tonika, desenvolveu outros modelos, como a Tonika EGS-650 de 1960, uma das primeiras guitarras de produção padrão da empresa. Essas guitarras apresentam corpos de bétula, escala de ébano e formas altamente incomuns.

Ural já foi a guitarra mais popular da União Soviética. A produção começou em meados da década de 1970, com mais de 150.000 peças feitas em dez anos. Ainda hoje é conhecida por ser uma guitarra para iniciantes.
Estas guitarras são conhecidas por serem realmente pesadas e quase inquebráveis. A forma do corpo pode ser descrita como uma Stratocaster modificada, enquanto a cabeça se asemelha a um taco de hóquei. Além de serem difíceis de carregar, elas também eram muito difíceis de tocar. Os captadores single-coil não eram exatamente os melhores que se podem encontrar por aí. Existia um modelo de 8 captadores, a Ural V8.

Orfeus era um fabricante de guitarras búlgaro que apresentava alguns dos designs mais loucos do bloco oriental. No entanto, em comparação com outras empresas do Bloco Soviético, elas eram muito bem construídas e a empresa tinha uma reputação decente nos círculos de guitarra por trás da cortina de ferro.