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O Rabel é um instrumento de cordas com arco semelhante ao violino e é constituído por um número variável de cordas, entre 1 e 5. O som é obtido friccionando as cordas com um arco enquanto o instrumento repousa no ombro-peito ou na lateral do musico, no caso de tocar em pé, ou na coxa de uma das pernas ou ainda entre as duas pernas, no caso de tocar sentado.
Foi introduzido na Península Ibérica pelos árabes, difundindo-se e atingindo o seu maior nível de popularidade durante a Idade Média e o Renascimento.
Atualmente conserva-se sobretudo na cordilheira cantábrica e numa zona mais dispersa em Ávila, Cáceres, Zamora, Burgos, La Rioja e Toledo, bem como em Portugal, onde recebe o nome de Rabeca. Em todos estes lugares persistiu como instrumento tradicional, geralmente preservado graças à tradição musical dos pastores envolvidos na transumância.
Na construção, é utilizada uma peça vazada de madeira que pode assumir diversas formas. O mais importante sobre sua construção é que não existe um padrão único. Existem instrumentos tradicionais feitos com mais de uma peça. Atualmente, sobretudo na Cantábria, a sua tipologia multiplicou-se e por vezes nada têm a ver com os modelos tradicionais. Modernamente, aproximadamente nos últimos 30 anos, houve mudanças nos instrumentos buscando sonoridades diferentes das conhecidas.